Amarelo Jaune

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Para que marca você torce?










Fato é que o ser humano tem necessidade ACREDITAR em algo para viver bem. As pessoas precisam idolatrar ou defender seja um partido político, um time de basquete, uma banda de rock ou até uma estrela de cinema. Mais do que isso...elas tem que pertencer a um grupo que levante a mesma bandeira.

No país do futebol (mais especificamente, no Rio de Janeiro), as meninas que não vão ao Maracanã passaram a lutar por sua marca preferida. Paixão incondicional. Reparei ,outro dia, em uma festa duas meninas - uma "farmete"e outra defensora da Espaço Fashion - conversando sobre as marcas que nasceram juntas com a mesma proposta, mas que já adotaram identidades próprias e bem definidas: "A gente tem a maior loja de Ipanema"; "Nós temos uma vitrine para o mundo."; "Nós desfilamos no Fashion Rio."; "Recebemos várias propostas milionárias para vender a marca". O uso da primeira pessoa deixa claro que o compromisso é mais do que um cartão de fidelidade...a defesa da marca torna-se mais do que um life style (vamos combinar que o estilo de vida das duas é o mesmo. Não é a toa que estavam na mesma festa!), é quase uma religião. E assim como um flamenguista prefere morrer ao vestir uma camisa do Vasco, uma "farmete" não ousa vestir uma batinha da Espaço Fashion! A Farm até lançou um adesivo para colocar no carro. Não é genial?Apesar de não super me identificar com a marca, tenho que tirar o chapéu para o Marcelo e a Katia: conseguiram formar um exercito de cariocas bronzeadas.

Acho interessante notar também quando uma pessoa "sem querer querendo" vira garota (o) propaganda de uma marca. Nunca ouviu "ah, ela tem um jeito meio Osklen de se vestir"? Ou "Hm, esta estampa tem uma cara de Totem."? Ponto para o dialogo entre marketing e equipes de estilo! O segredo é encontrar a linha tênue entre ter uma identidade bem definida
( "reconhecível" ) sem tornar-se repetitivo. Não é fácil, mas tem muita gente fazendo muito bem esse dever de casa.

Complicado é quando a marca muda completamente o estilo sem uma proposta clara de reposicionamento (sempre válido), deixando as clientes na mão. O que será que as fiéis consumidoras acharam do "desfile-nada" da Espaço Fashion? Estou curiosa para ver em que bicho isso vai dar!


Nenhum comentário: