Amarelo Jaune

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

GRUPO CORPO - TOP FIVE #4 e #5











4)BENGUELE e 21Não consigo definir qual desses dois balés é o mais importante, pois para mim traduzem a essência do grupo. O cenário e iluminação de benguelê, cujo tema era a raiz negra e a capoeira, é simplesmente incrível.... Juro que toda vez que assisto fico um bom tempo tentando entender aquele efeito da silhueta de uma fila de homens-aranha. Muito legal. Não preciso dizer que a música de João Bosco é perfeita. O caminhar e os pulinhos de benguelê são tradicionais e foram retomados em outras coreografias. Por falar em movimentos básicos do corpo, 21 veio com a andada com mãos para trás e o rebolado estalando os dedos (na foto) para marcar a memória do grupo. A brasilidade vem neste balé de 1992 para ser mais um ponto marcante de Pederneiras. Cenários e figurinos incríveis com pachwork e chitas!

GRUPO CORPO - TOP FIVE #3













3) O CORPOMão. Pé. Mão. Pé. Cabeça... O corpo humano era um tema inevitável. A música de Arnaldo Antunes, perfeita. A iluminação ritmada ajuda a compor o cenário. A coreografia vem com bastante chão, mas é dinâmica. Segue a linha do grupo que prima pelo movimento simples que, em conjunto, compõe uma visualidade genial. O balé é harmônico e o todo é bacana.
Para ver uma parte do ballet entre aqui.


GRUPO CORPO - TOP FIVE #2
















2)LECUONAOk. É o balé mais comercial do grupo...é diferente de tudo que eles fizeram mas ainda tem a “cara” dos mineiros. É difícil fazer um espetáculo inteiro somente com pás-de-deux e reter a atenção do público. Foi um desafio para um grupo cuja base de coreografia está em movimentos aparentemente simples mas que em conjunto proporcionam uma visualidade impactaste. É esta a magia de Paderneiras: a transformação e o poder do conjunto. Quando fez um espetáculo completamente diferente do que o publico estava acostumado a ver, acertou! Acertou lindamente. E o baile do final? Existe algo mais harmônico e emocionante do que todas aquelas meninas de branco depois de um espetáculo inteiro de cores fortes com um cenário de espelhos refletindo uma surpreendente luz no final? Aliás parabéns especial a Freuza pelo figurino narrativo deste balé: vestidos lindos expressando a personalidade das mulheres de cada estória dos pás-de-deux: a romântica, a forte, a alegre, a sofrida, a mandona. Na dança mais dramática em que a cantora confessa ter ciúmes até do ar que o amado respira (“celos siento celos dela ire...”), o negro e a ausência de cor. E para o baile final, todas entram de branco para iluminar o público unindo todos os sentimentos (e cores) da vida em casal que foram apresentados durante o espetáculo. O cenário dá a cartada final...paredes espelhadas se movem refletindo a luz na platéia. Simplesmente maravilhoso.
Nas fotos, meus pás-de-deux preferidos.
Para ver uma parte do espetáculo entre aqui.





quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Da passarela para a loja : medo da rua !







Todo mundo aqui sabe que “algumas” marcas brasileiras simplesmente absorvem a tendência internacional sem adaptar a moda à realidade do país. Isso não é novidade: desde a época do Império aprendemos a olhar para a Europa, como um exemplo de civilização, e adotar modas sem pensar na sua inadequação para os trópicos.

Isso tudo pode até ser aceitável, já que vivemos em um mundo globalizado, quando se trata de um desfile mais conceitual cujas peças serão editadas e adaptadas para algo mais "comercial”. O que me assusta é quanto a equipe de estilo resolve enlouquecer e colocar na loja peças que não se adequam ao público alvo da marca. Uma coisa é uma Maria Bonitona, por exemplo, ter peças ditas conceituais que estão lá para serem compradas por quem sabe usar, outra coisa é uma Cantão, por exemplo, vender algo que as clientes poderão interpretar erroneamente. Não é a proposta da marca e nem do público comprar tendências difíceis!

Um exemplo disso é a tal calça jeans justa com a cintura altíssima. Ela está na vitrine de todas lojas teen. Sem preconceitos (ou não), mas você realmente acha que uma típica adolescente carioca vai saber usar uma calça dessas???? Medo de ver coisas bizarras em Ipanema. Afinal, essa é uma peça que exige tronco longo e mulheres magras, o que não é exatamente o tipo da brasileira. E aquele tipo de roupa que precisa ter uma postura especifica para segurar o look. É o velho dilema que citei no post aqui. sobre a importância da pessoa que veste a roupa. Já viu o que vai aparecer por ai, ne?

Apesar de tudo, fiquei muito feliz com a matéria da última edição do Ella (por Carolina Isabel Novaes e Melina Dalbone), em vários profissionais da área davam dicas de como usar e quem não pode aderir a algumas das tendências mais vistas (e complicadas) nas passarelas brasileiras como a hot pant e o balonê. Parabéns Patricia. Esta edição, inclusive, estava toda muito bacana.

Assim, já que as marcas não se preocupam com o resultado de sua moda na rua (o interesse talvez se reduza até a peça sair da loja), acredito que cabe a nós, jornalistas, informar o leitor sobre os perigos e possibilidades dos últimos e tentadores lançamentos.

Espero que todas leiam a matéria do Ella.

Hussein Chalayan

foto de Hussein Chalayan
foto © Andreas Kokkino

Há alguns poucos desfiles que apresentam não somente as peças da coleção de uma marca, mas um conceito. Desses desfiles há alguns poucos em que apresentam algo inovador. Desses alguns que apresentam um conceito inovador e bom.

Hussein Chalayan, a maioria das pessoas do mundo da moda deve conhecê-lo, no seu penúltimo desfile onde apresentou vestidos que se transformam ele realmente ganhou a midia internacional.

Um dos mais experimentais e conceituais estilistas do momento, nasceu em 1970 na Nicósia, e estudou na Inglaterra.

Vestido que foi "engolido" pelo chapéu deixando a modelo nua na passarela.


Hussein Chalayan é um daqueles artistas que consegue fazer uma apresentação que pode ser considerada uma síntese de vários fatores, sociais, políticos e econômicos. Um daqueles momentos que marcam a história e influenciam diversas áreas.

foto: © Chris Moore

foto: © Chris Moore

foto: © Chris Moore


Abaixo seguem os vídeos dos dois últimos desfiles:
- O primeiro, mais antigo é onde ele fez a magia da transformação, como uma evolução. Muito inpressionante.

- O segundo é o último do verão de 2008, onde ele usa uma batida mais tecnologica e utiliza uns LEDs para iluminar as roupas.




Visite o website de Hussein Chalayan e veja as imagens de todos os desfiles desde 1994. Aproveite e entre no Online shop e confira a coleção de camisetas.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

TOP FIVE - O CORPO








1) SANTAGUSTIN “Chorar é coisa do amor. Amor, coisa do coração. O coração é do sonhar. Sonhar esse chorinho chorar... Ridículo chorar, patético viver, paradoxal prazer, apologia do sofrer.” Neste balé o grupo mineiro questiona a tensão entre a luxuria e o combate dos “prazeres da carne”. O amor de Pederneiras significa conflito e contradições e isso fica claro nos movimentos dos bailarinos que são duros e tensos, mas não perde o humor característico do coreógrafo. A oposição da sublimidade e do ridículo do Amor é retratada com sucesso na música de Tom Zé e Gilberto Assis. Adoro os sons e ritmos lembrando circo. O cenário (um coração enorme) é simples e garante o sucesso do espetáculo. Vale lembrar o detalhe da caixinha do Cd: pelúcia rosa – um máximo! Destaque para o figurino de Ronaldo Fraga...não consigo descrever o quanto ficou lindo. Vejam as fotos: OBS: Tenho duas dúvidas cruéis quanto esse espetáculo: a- Porque não tem dvd e nunca mais voltou a ser dançado???? b- A parceria com o estilista Ronaldo Fraga foi tão bacana. Porque o grupo não volta a fazer figurino com outros artistas como acontece com as músicas????Acho essa troca de vivencias e referências com convidados muito positivo para montar os espetáculos.






A estética filme antigo nos editoriais de moda

Confesso que já me acostumei com a fotografia digital e não consigo mais viver sem ela, mas ainda tenho a minha boa e velha companheira Nikon N70 de filme que não troco por nada e ainda uso para algumas fotos, mas em geral e principalmente tudo profissional tenho usado somente o digital.

Mas tenho saudade da época de laboratório, das experiências com filmes e papeis vencidos, "puxar" o filme, revelar o filme com quimica invertida e outras coisas trabalhosíssimas e divertidas que fazia em laboratório que davam efeitos super legais. Principalmente pelo respeito que esse tipo de efeito tinha. Quando você realizava uma foto em sépia as pessoas admiravam, porque sépia era trabalhoso e todo mundo sabia disso, vc tinha que ampliar a foto, passar por uma química que remove o preto e depois insere o sépia, levava tempo, gastava material e era dificil. E isso era valorizado.

Hoje qualquer efeito é photoshopagem barata, tudo é balela. Me dá muita raiva quando você quer realizar uma foto legal e está trabalhando para corrigir alguma coisa e alguem fala: - Ah depois você resolve no Photoshop!. Como se o Photoshop fosse simplesmente para corrigir problemas em fotos mal realizadas por fotografos ruins.

Mas tem alguns tipos de efeitos que são válidos dependendo do conceito da imagem que você quer realizar, alguns inclusive viram tendência na moda e na publicidade. Uma estética que tenho achado legal nos últimos tempos é da imagem com uma cara levemente evelhecida. Com as cores puxadas para o roxo ou verde, ou um queimado amarelado. Com cara de quem fotografou com filme slide e revelou como filme comum. As vezes com aquela cara de filmes Lomo, e outros.

Separei algumas imagens para ilustrar esse post, todas vindas de páginas do DeviantArt, a idéia de colocar essas imagens aqui é para ilustrar o post e divulgar o trabalho do artista, se por acaso você ou qualquer pessoa se sentir lesado, por favor nos avise que retiramos imediatamente seu trabalho do blog.

Clique na imagem para ir para a página do artista no DeviantArt.


Há muitas formas de se fazer esses efeitos para chegar nesses resultados, mas como esse blog não se propoe a ser uma fonte de tutoriais de PhotoShop mas uma referência estética para criativos vou tentar analisar conceituamente o que é o envelhecimento da foto.

Cores: Há 2 mudancas nas cores, geralmente os escuros são puxados para um tom que vai do marrom até um roxo e os claros são puxados ou para um amarelado ou para um azulado-esverdeado.

Luminância: Quando a fotografia envelhece duas coisas geralmente acontecem, o preto fica menos preto e o branco fica menos branco, ou seja, ela perde contraste. Veja nas fotos que geralmente o preto não é um preto total e o branco não é um branco total.

Corte: Como a lente da câmera é cilindrica, o tapa-sol é cilindrico e o filme é retangular, é comum um feito de uma sombra circular em volta da imagem. As bordas ficam mais escuras.

Temperatura: As vezes as imagens ganham uma "queimada" nas cores, aumentando um pouco o contraste. Uma forma de fazer isso que eu gosto é uma coreografia básica de layers, experimente fazer assim: Duplique o layer da imagem, dessature ele, coloque no modo hard light e ajuste os levels até ficar no tom que quiser. Fica com uma estética de filme interessante. Como um "tape to tape".

Desfoque: Uma coisa muito comum nos portraits antigos é um ligeiro desfoque. Basta duplicar o layer, aplicar um blur leve e colocá-lo com um opacity de uns 10 a 20%

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Alguns fotologs bacanas de ilustradores & designers

Estava dando uma zapeada pelos fotologs agora e resolvi separar alguns como referência.

O Fotolog hoje não é mais a comunidade super interessante que era há 5 anos atrás quando entrei na comunidade e comecei a postar imagens no /tchombas, era um lugar onde se reuniam designers, fotografos e ilustradores. Era uma grande fonte de trabalhos e pessoas legais, conheci muita gente interessante que mantenho contato até hoje.
Hoje eu o vejo um público muito adolescente desocupado, mas ainda tem muita gente das antigas e vale um rolé pelos favoritos sim.

Essa seleção não tem nenhum critério e é mínima. Apenas um preview do que você pode achar procurando por lá. Há milhões de fotologs ótimos que ficaram de fora.
A reprodução das imagens publicadas nos respectivos fotologs tem somente o intuito de divulgação do trabalho dos artistas. Os direitos autorais pertencem a cada um dos artistas. Se você ou qq um por acaso se sentir lesado, por favor nos avise através de um comentário, imediatamente tiraremos o seu trabalho do blog.

johanpotma (http://www.fotolog.com/johanpotma/20575112)

tupixel (http://www.fotolog.com/tupixel)

yusk (http://www.fotolog.com/yusk)
autobahn (http://www.fotolog.com/autobahn)

igor_san (http://www.fotolog.com/igor_san)

eljusticeirolamp (http://www.fotolog.com/eljusticeirolamp)

saner (http://www.fotolog.com/saner)

reverendomarcial
(http://www.fotolog.com/reverendomarcial)

ocv_3
(http://www.fotolog.com/ocv_3)

rust0ff (http://www.fotolog.com/rust0ff)

oich (http://www.fotolog.com/oich/12071408)

pantero_pinco (http://www.fotolog.com/pantero_pinco)

skorface
(http://www.fotolog.com/skorface)

designerfake
(http://www.fotolog.com/designerfake/26266020)

boreckings (http://www.fotolog.com/boreckings)

pacolli (http://www.fotolog.com/pacolli)

quill (http://www.fotolog.com/quill)

compulsive (http://www.fotolog.com/compulsive)

dalata (http://www.fotolog.com/dalata)

desestructurar (http://www.fotolog.com/desestructurar)

Pensando bem agora tive sim alguns critérios para a seleção, que foram:
- Eu não conhecer o artista (ou pelo menos achar que não conheço)
- O artista não estar bombando na midia (ou pelo menos eu não saber se estiver)
- Originalidade do trabalho
- Frequência nas publicações no fotolog
- Qualidade geral, acabamento
- O fotolog ser somente de trabalhos e não misto com fotos pessoais


Acho que já da para dar um gostinho do que dá para encontrar por lá. Minha dica é entrar em qq um deles e navegar através dos "favoritos".