Sobre tendências #2
A chamada tendência é um fenômeno amplo e complexo. Existem tendências de comportamento, tendências políticas, tendências de estudos e pensamento científicos e todas elas juntas influenciam as tendências estéticas – a história da arte sempre se manifestou dentro de tendências ( que hoje chamamos de movimentos) e nem por isso um artista copiava o outro e deixava de ser genial. Da mesma maneira, o design e a moda seguem tendências.
Portanto, acredito em duas opções para uma criação inovadora:
1) Identificar as tendências da sociedade antes de se vulgarizarem.
Como seria bom poder dizer: O que gosto hoje, você vai gostar daqui 2 anos!" É a velha vontade do ser humano em querer ser Deus e prever o futuro. (mas isso é assunto a ser detalhado em outro post!). Neste caso você terá que ser capaz de identificar as mudanças na sociedade, no pensamento e preferências antes disso se concretizar nas manifestações estéticas (ou pelo menos na sua mídia especifica). A tendência pode ser sutil.
Ex.Maria Antonieta foi mania. Quando tudo começou? O primeiro fator importante é o momento da sociedade: uma personagem que foi símbolo de ostentação e luxo nunca podia “virar moda” durante uma guerra mundial por exemplo. Depois escreveram livros e organizaram exposições sobre ela. Sophia Coppola resolve fazer um filme sobre ela. Dior, Chanel, Vuitton e outras marcas interncaionais fazer coleções inspiradas nela, depois é a vez de marcas menores, editoriais etc...
O inicio de uma tendência pode ser sutil e não começar diretamente na sua mídia. Se sou uma estilista e leio uma nota que Hollywood está montando um filme inspirado em algo especifico que pode virar moda, preciso perceber isso e fazer um jogo da memória com outras “pistas” para entender o que vem com tendência.
Outra discussão que quero levantar é quando e porque essas tendências e movimentos mudam. O que deve ser observado? Quando algo deixa de ser um fato isolado e pode ser caracterizado como tendência (que poderá “pegar” e vira moda ou não).
2) Identificar essas tendências e ser original dentro do conceito delas.
Nesta segunda opção o processo já está em um segundo momento. A tendência já foi detectada em outros campos, chegou na estética e na sua mídia. Por exemplo, seu designer e está rolando uma onda futurista: os bestsellers são sobre o futuro, robôs estão sendo desenvolvidos, filmes c sobre o tema estão nas salas de cinema, coleções de moda usam materiais tecnológicos e seus amigos designers estão fazendo peças com traços inspirados nesse tema. Você é um observador e também é influenciado por ela e isso estará refletido no seu trabalho – não há como escapar das tendências e das preferências estéticas do momento. E se você prioriza uma comunicação com outras pessoas que vivem na mesma sociedade e absorvem as mesmas referências precisa segui-las para ser entendido – é saudável seguir as tendências. O desafio é segui-las sendo, ao mesmo tempo, original.
Ai...esse post está enorme e chato.Vou deixar para escrever mais depois...
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