O importante é quem usa!
Entre estudos sobre figurino e moda e observações in locuo de como a roupa se comporta nos diferentes corpos, diferentes gestos e diferentes momentos, teorizo sobre um dos principais papéis da indumentária (não necessariamente apenas, moda): o mecanismo de inclusão e exclusão.
Ando questionando e tentando entender o fenômeno da CÓPIA. A problemática ou não da cópia no Brasil é um assunto loooooooongo que deve ser desenvolvido em conjunto com tchombas. Penso aqui sobre algo maior...sobre o efeito dos produtos fakes do mercado de luxo. O que é desencadeado no momento em que podemos encontrar o último lançamento da LOUIS VITTON no Shopping 25 ou em uma feira em Veneza ( para a surpresa de alguns a "cópia-mania", não é exclusividade do Brasil!)?
O produtos fakes têm o poder de reduzir e, ao mesmo tempo, reforçar os códigos de inclusão e exclusão da indumentária. A restrição monetária para os objetos de luxo passa a não existir na medida em que as cópias estão a disposição de todos por preços mínimos. Esses artigos, no entanto, alimentam ainda mais o mercado de luxo, pois a rapidez da cópia obriga a aceleração também da produção do novo.
Acredito que o elemento que irá definir os ricos e ditos “bem nascidos” é a SUTILEZA DO VESTIR. A cultura e percepção estética tornam-se essenciais. Neste momento, aparece ainda importância do stlylist como personagem que irá decifrar os códigos dessa sutileza e harmonia visual para o outro (aqueles que tem o dinheiro,mas não tem o olho). Afinal, qualquer um pode copiar a peça, mas a maneira como ela será usada fatalmente acusará a classe do indivíduo...
DICA: tentem observar como uma mesma peça pode ter efeitos visuais totalmente diferentes...a questão da roupa fora do espaço, corpo ou tempo para qual foi idealizada será assunto para outros posts!
Um comentário:
a roupa não é nada sem um corpo e a atitude desse ao encarná-la
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